Algumas idéias sobre a Cura do Dr. Mayr – por Dr. W. Wolfrum
(continuação da página anterior)

Uma Cura Mayr é então recomendada não apenas para aqueles que estão acima do peso, ou para perder peso: serve para aliviar o corpo dos poluentes acumulados, no intestino e demais tecidos. Isto promove o processo de cura de modo total. Mais tarde, a dieta ganha um pouco de queijo branco, um ovo cozido ocasionalmente e ainda um mingau ralo de aveia, se necessário. Uma ou duas refeições leves são servidas ao final do tratamento.

A abordagem protetora do Dr. Mayr vai contra a tendência atual, que adiciona fibra indigerível à comida. Mesmo que a comida rica em fibras elimine muitos dos sintomas, especialmente a prisão de ventre tão comum hoje em dia, ainda não ataca o problema principal. Quando os sensores da parede intestinal morrem como resultado do excesso de trabalho, não podem mais desempenhar sua função de fazer os músculos e glândulas trabalharem adequadamente. Estímulos brutos como fibras podem até fazer as funções voltarem à atividade, mas falando “biologicamente” elas só pioram o problema. Só se pode falar de cura quando os órgãos sensoriais retornam a sua sensibilidade original, mas isto só é possível com proteção adequada. Considere a dieta láctea dos bebês, que não contém quase nenhuma fibra ou substância estimulante. Os sensores dos bebês ainda não foram danificados e podem manter a atividade intestinal sem recorrer à estimulação intensa.

Uma Cura Mayr é primeiramente uma medida profilática que reforça a resposta imunológica baixando o nível de stress. A seguinte analogia poderia esclarecer este ponto: quando vazio, um barril pode receber grandes quantidades de líquido. Efluentes chegam de todos os lados, mas por fora o processo não é percebido. Quando o barril está cheio até a boca, basta uma pequena quantidade para causar transbordamento e inundação ao redor do barril. O corpo não é diferente: seu poder de resistência é capaz de absorver quantidades impressionantes de vários abusos e pressões. Por algum tempo, não há sinais perceptíveis de doenças. Mas se o corpo recebe mais abusos ou pressões, vai chegar o dia em que suas capacidades defensivas estarão tomadas e qualquer sobrecarga pode levar à doença, com uma enfermidade que parece vir da saúde. O culpado neste caso não é o problema mais recente, tal como um resfriado, ataque cardíaco ou uma cólica, e sim pelo fato das nossas capacidades de resistência terem atingido seu limite. Nossas reservas contra o estresse estão acabadas, e quando chegam a este ponto entramos em um estágio precursor da doença e ficamos suscetíveis a qualquer enfermidade, de qualquer tipo, sem estarmos doentes. Para prevenir estas enfermidades, temos que tentar sair deste estágio precursor da doença pela redução dos estresses que tiram nossa vitalidade; somente assim teremos uma base melhor para a saúde.

A reabilitação intestinal do Dr. Mayr baixa o nível de estresse do nosso corpo dramaticamente. Através dela, podemos:

  • Reduzir os poluentes, ou seja, a fermentação e produtos da decomposição que se formam continuamente nos intestinos sobrecarregados;
  • Melhorar a eliminação intestinal e hepática.

O fígado e os intestinos são órgãos excretores importantes. O uso abusivo dos intestinos reduz a eliminação e o gradiente de concentração dos produtos metabólicos entre as células e os órgãos excretores diminui bastante. O resultado é um acúmulo congestivo de produtos tóxicos, que têm efeito deletério em todos os órgãos: no cérebro aparece como inabilidade de concentração, fadiga crônica e depressões; nos músculos e juntas, como doenças reumáticas, miogeloses, artrites e artroses; as glândulas degeneram, doenças cardíacas e vasculares surgem etc.

Após a reabilitação intestinal, quando os intestinos e o fígado podem desempenhar sua função excretora novamente sem impedimentos, uma curva de concentração é estabelecida e os produtos metabólicos são eliminados rapidamente. As reservas anti-estresse criadas desta maneira nos fortalecem para resistir a todos os tipos de doença.

Intervenções espetaculares como cirurgias cardíacas e transplantes de órgãos nos levam a esquecer que não seriam necessárias se não tivéssemos negligenciado as medidas de prevenção. A saúde de uma pessoa só é determinada por intervenção médica em casos isolados. Na maioria das vezes ela depende do comportamento, nutrição e ambiente da pessoa. A gula e o hedonismo são os arquiinimigos da nossa saúde. O que precisamos não é de mais remédios e máquinas, e sim de mais empatia biológica e a vontade de fazer qualquer sacrifício pelo bem da nossa saúde.

Face aos altos custos médicos, parece ser chegada a hora de reconsiderar criticamente todo o espectro de nossas medidas terapêuticas regulares. A saúde assim obtida sempre será frágil, uma vez que o paciente não está disposto a participar ativamente de seu processo de cura. É muito comum achar que a doença é meramente o resultado de um estilo de vida sedentário, e do abuso de nicotina e álcool, além da má-alimentação. É imperativo que as pessoas compreendam isto e estejam motivadas a descartar seus maus-hábitos. O valor terapêutico da Cura Mayr não consiste na reabilitação intestinal – seu significado educativo em termos da responsabilidade do paciente para sua própria saúde não deve ser subestimada. A necessidade de reduzir custos aumenta o desejo de fazer sacrifícios pelo bem da saúde, e para aceitar a necessidade de ficar com menos em alguns casos. Uma preparação psicológica adequada pelo médico pode levar a pessoa a entender que a saúde não pode ser comprada, mas pode ser mantida ou reconquistada com um pouco de disciplina e renúncia de alguns hábitos.

Assim, todo médico envolvido com as Curas Mayr deve saber também como equipar seus pacientes com as ferramentas mentais necessárias para resistir durante a cura e principalmente após a cura. A cura não deve ser um episódio isolado, mas um ponto onde ocorre uma profunda modificação de hábitos alimentares e de vida, tais como a mastigação correta e o paladar dos alimentos. Somente assim a sensação de saciedade vai acontecer na hora certa e durar o tempo certo, de modo que a comilança e a má-digestão sejam evitadas. O paladar fica mais apurado, o que vai ajudar na regulação e seleção dos alimentos. Mas a pessoa deve manter um balanço racional, evitando fanatismos e deve ser tolerante consigo mesma. A moderação é melhor que a obsessão neurótica em não ingerir os alimentos.

Além de todas as medidas dietéticas, um cuidado geral da saúde deveria sempre ser feito. Atividades físicas moderadas, exercícios respiratórios e hidroterapia suave, bem como treinamento autogênico e uma atitude mental positiva ajudam a obter os resultados duradouros de uma cura.

Quase todos os métodos comuns de cura modernos não reconhecem o fato que o desejo de ser saudável é um fator potente de cura. Só faremos algum progresso médico decisivo quando entendermos que a saúde é uma tarefa diária.

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